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Importância do ECG entre os exames do pré-operatório

InPulse • Feb 21, 2017

Um médico veterinário, cardiólogo ou clínico geral, sabe da importância de submeter o cão ou o gato, mesmo sem sintomas, a um eletrocardiograma veterinário ( ECG) em uma avaliação pré-operatória de qualquer natureza. Tal procedimento é fundamental para a determinação dos riscos anestésicos.

Logicamente, se esse cuidado é essencial no pré-operatório, diante de sintomas cardiorrespiratórios, um exame como o ECG é a primeira medida para se obter um diagnóstico correto da doença que acomete o pequeno animal. Além disso, a boa prática veterinária indica o ECG anual para cães e gatos a partir dos 6 anos, como prevenção de doenças geriátricas.

São muitas as possibilidades de origem dessas enfermidades cardiorrespiratórias que, muitas vezes, acabam sendo descobertas exatamente ao se realizar os exames do pré-operatório :

  1.         Traumas, após atropelamento, quedas ou brigas;
  2.         Predisposição racial;
  3.         Doenças congênitas;
  4.         Tumores diversos, etc.

Assim, o eletrocardiograma veterinário, que avalia a atividade elétrica do coração do pequeno animal, é fundamental no pré-operatório, bem como para detectar e controlar as doenças cardíacas em diversos momentos ao longo da vida do cão ou gato. Trata-se de um exame não invasivo, indolor e não requer preparação prévia.

O ECG pode ser considerado o exame inicial no universo da cardiologia veterinária. Havendo necessidade de acompanhamento cardiológico, outros exames deverão ser feitos, tais como eco-doplercardiografia, holter, radiografias toráxicas, entre outros. Neste post, entretanto, nos ateremos ao ECG.

Quando usar o ECG

Um artigo que revisa a literatura veterinária sobre ECG  em cães e gatos, incluindo obras de especialistas no assunto como Guillermo Belerenian ( “Afecções Cardiovasculares em Pequenos Animais”),  Larry Patrick Tilley (“ Essentials of Canine and Feline Electrocardiography” e “Eletrocardiograma para o Clínico de Pequenos Animais”),  Mike Martin (“ Eletrocardiograma de Pequenos Animais”),  e  Stephen J. Ettinger (“Tratado de Medicina Interna Veterinária”), entre outros,  apresenta orientações sobre quando deve ser usado o ECG.

A questão dos sons cardíacos, ou bulhas, por exemplo, que são as  manifestações acústicas geradas pelo impacto do sangue em diversas estruturas cardíacas e nos grandes vasos, deve ser a base da análise fisiológica no exame clínico. O problema é que nem todas elas podem ser detectadas na mera auscultação do ciclo cardíaco.

O ciclo cardíaco compreende o período de relaxamento (diástole) e o período de contração (sístole). As bulhas que podem estar presentes são: 1) de fechamento das valvas atrioventriculares (mitral e tricúspide), som que precede a sístole; 2) de fechamento das valvas semilunares (diástole); 3) de enchimento ventricular rápido; e 4) de contração atrial.

De acordo com o artigo, a presença da associação das bulhas 3 e 4 às bulhas 1 e 2 caracteriza o “ritmo de galope”, que é de difícil auscultação. Já a bulha 3 pode ser encontrada em pacientes com cardiomiopatia dilatada, enquanto a bulha 4 pode ser identificada em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica o que, geralmente, é peculiar aos gatos. A diferenciação entre as bulhas 3 e 4 também não pode ser feita na auscultação simples.  Assim, o ECG é o recurso auxiliar na detecção de sobrecargas não auscultadas.

Na leitura do eletrocardiograma, são medidos diversos itens, especialmente a freqüência cardíaca, ou seja, a contagem do número de batimentos por minuto é uma informação básica. Segundo os autores, são considerados parâmetros usuais: 1) cães adultos, de 70 a 160bpm; 2) cães de raças gigantes, de 60a 140bpm; 3) cães de raças toy, até 180bpm; 4) cães filhotes, até 220bpm; e gatos, de 120 a 240bpm.

A análise dessa freqüência e ritmo levará à indicação de diversas anormalidades, incluindo:

  • Bradicardia sinusal . O ritmo sinusal é normal, mas a freqüência está abaixo dos parâmetros aceitos acima;
  • Bloqueio/Parada Sinusal (Sinus Arrest). A freqüência cardíaca varia e está freqüentemente correlacionada com bradicardia. O ritmo é regularmente irregular ou irregular com pausa. Comum em cães de raças braquiocefálicas;
  • Bloqueio Atrioventricular de 1º grau .  Nesse caso, o intervalo P-R, que é o tempo que transcorre desde a saída do impulso do nodo sinusal, até atingir o nodo atrioventricular, é maior que 0,13s em cães e maior que 0,09s em gatos, na comparação com o ritmo sinusal normal. Além de outras causas, é comum em animais senis, como Cocker e Dachshund;
  • Silêncio atrial . Baixa freqüência cardíaca, com ritmo regular. O ECG não acusa as ondas P, que não aparecem nem após aplicação de atropina ou exercício. As causas podem estar vinculadas à doença de Addison (hipocortisolismo), insuficiência renal ou obstrução urinária;
  • Doença do nó sinusal . O cão apresenta bradicardia sinusal severa e persistente. Essa bradicardia é alternada com taquicardias supraventriculares (síndrome bradicardiataquicardia). Comum em Schnauzers fêmeas miniatura, de origem genética. Pode-se pensar na adoção de um marca-passo artificial permanente.

O avanço do ECG

Se sua clínica não é especializada em cardiologia, provavelmente não conta com um equipamento de eletrocardiograma, devido a custos e também ao espaço que ele poderia ocupar. Não há mais com o que se preocupar. Agora existem eletrocardiógrafos portáteis para exclusivo uso veterinário.

Um dos que têm tido maior aceitação na telemedicina veterinária é o InCardio. Trata-se de um eletrocardiógrafo portátil sem fio de 12 derivações,  desenvolvido para uso exclusivo veterinário em pequenos animais. No aparelho, está configurado um software apto a monitorar, coletar e analisar o traçado elétrico resultante do exame, assim como um módulo de telemedicina cardiológica para envio desses traçados e recebimento dos respectivos laudos.

De acordo com a   revista Cães e Gatos , o mundo vive a era dos aplicativos, tablets, smartphones e notebooks. A tecnologia faz parte do dia a dia das pessoas, com o intuito de simplificar a vida de todos com pacotes de facilidades e, portanto, na medicina veterinária essa onda não é diferente.

A matéria destaca que portabilidade, tamanho, peso, praticidade e aplicabilidade são os requisitos básicos quando se pensa em desenvolvimento de soluções e produtos para a área veterinária, exatamente as características apresentadas pelo aparelho de ECG portátil, desenvolvido e comercializado pela InPulse Animal Health .

O interessante é que o InCardio não atende apenas as necessidades de diagnóstico em cães e gatos, mas também foi testado para uso em peixe-boi, cavalo, pônei e macaco. Nesses casos, existe uma versão do InCardio fabricada em alumínio, também portátil e sem fio, que pode ser utilizada em uma distância de até 6 metros do computador.

A verdade é que o avanço da telemedicina veterinária está facilitando a obtenção de diagnósticos rápidos e seguros pelos médicos veterinários brasileiros, a uma relação de custo/benefício compensadora, tanto para os casos de pré-operatório como para as demais ocorrências ao longo da vida do cão ou gato.

Que tal modernizar a sua clínica com um eletrocardiógrafo de última geração, economizando espaço e ainda ganhando mais a confiança da clientela?  Acesse nosso site !

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